“Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.”

(Clarice Lispector)

"A noite não anoitece pelos meus olhos"

(Fernando Pessoa)

"...e no mais improvável dos momentos descobri que os anjos têm carne temperada de desejo. Que são mortais e amam. Descobri que se pode amar um anjo terreno e ser sublime..."

(João Morgado in Diário dos Infiéis)

Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A princesa do conto: "Era uma vez..."

(Florbela Espanca)

Mais actual que isto?!!

Eça de Queirós em 1871, disse:

«Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: “o país está perdido!”
Algum opositor do actual governo?... Não!»

"Cortei a laranja em duas, e as duas partes não podiam ficar iguais
Para qual fui injusto — eu, que as vou comer a ambas?"