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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um mar sem ondas


Agora que o silêncio é um mar sem ondas,

E que nele posso navegar sem rumo,

Não respondas

Às urgentes perguntas

Que te fiz.

Deixa-me ser feliz

Assim,

Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.

Só soubemos sofrer, enquanto

O nosso amor

Durou.


Mas o tempo passou,

Há calmaria…


Não perturbes a paz que me foi dada.

Ouvir de novo a tua voz seria

Matar a sede com água salgada.


(Miguel Torga)

1 comentários:

Mycki disse...

É quase impossível apreciar um pôr do sol sem sonhar...e